Olá!
Tenho ficado muito feliz com o efeito que o blog, aos poucos, vem fazendo. Muitos comentários de incentivo e, principalmente, pessoas querendo contar suas experiências com o "tentar pedalar". Obrigada! Esse é mesmo o objetivo disto aqui. Continuem participando e divulguem! Quanto mais histórias, mais postagens bacanas. E não esqueçam de votar na enquete lá embaixo.
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A foto de hoje do Foursquare, na hora que cheguei na agência. |
Continuando o embalo dos encontros de ciclistas, vamos falar hoje sobre bicicletadas. No Google, muitos sites falam sobre o assunto e, apesar de não ser a fonte mais confiável, resolvi acreditar na Wikipédia. Ela diz que as Bicicletadas surgiram dos movimentos de Critical Mass (ou Massa Crítica, em português) com o intuito de divulgar a bicicleta como meio de transporte, discutir ecologia e sustentabilidade e exigir condições para o uso da bike nas cidades. O comum é que aconteça na última sexta-feira de cada mês e cada vez mais lugares no mundo aderem ao movimento ao longo do tempo.
Normalmente não existe muito o que organizar: junta-se um grupo de pessoas interessadas no assunto, faz-se a divulgação e espera-se que outros grupos venham a aderir à ideia e se juntar ao corpo de pessoas que - de um jeito ou de outro - vão sair pelas ruas pedalando tranquilamente. Aqui em Natal eu já cobri alguns desses eventos. Em geral as polícias militar e de trânsito são acionadas para garantir a segurança dos ciclistas, carros de apoio com água e kits de primeiros socorros acompanham a massa e um carro de som também pode fazer parte da composição. O importante é mostrar às pessoas que existem ciclistas na cidade e eles querem espaço e respeito para pedalar.
Acredito que qualquer manifestação que envolva bandeiras apolíticas e apartidárias é extremamente bem vinda. Neste caso específico, a reivindicação é justa e óbvia: é preciso espaço apropriado para quem anda de bicicleta nos meios urbanos. Faz parte da democratização do trânsito e do respeito à ideologias ou mesmo classes sociais. Sim, porque não é novidade que a bike é usada como meio de locomoção por muitos que não têm condições de ter carro e, muitas vezes, não podem arcar com as (CARAS!) passagens do transporte público. Eu admiro profundamente os que pedalam para o trabalho ou escola/universidade por necessidade e não por opção. Para mim, uma demonstração de força de vontade incrível (convenhamos que, ao contrário de nós, ciclistas por opção, quem faz isso porque precisa roda muito mais e em vias muito mais perigosas. Merecem ainda mais respeito); um exemplo que deve ser seguido.
Mas as bicicletadas nem sempre terminam bem.Quem não lembra do caso do motorista que atropelou 20 ciclistas em Porto Alegre, em fevereiro deste ano, durante uma bicicletada? O caso tomou repercussão nacional e levantou a discussão sobre o respeito no trânsito e a lei do mais forte. Na sequência, os advogados do motorista disseram que ele estava tentando passar pela rua e os ciclistas o ameaçaram de agressão, portanto, o atropelamento teria sido fruto de uma tentativa de defesa.
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(Foto: Ricardo Duarte/Agência RBS) |
Bom, esse é um debate delicado. A gente sabe que, da mesma forma que existem os chamados "politicamente corretos", existem também os manifestantes (de qualquer tema) mais incisivos. Agora, sinceramente, pouco me importa se ele foi ameaçado ou não. A moral dessa história toda é que respeito tem que vir dos dois lados, e radicalismo não faz bem à ninguém. Portanto, ciclistas, já que pedimos respeito a todo o tempo, vamos respeitar também. E, motoristas, lembrem-se: quem anda de bike está (muito) mais vulnerável, então pense duas vezes antes de tomar uma atitude que possa ferir a integridade física desses atores de trânsito. Um murro deve doer bem menos que uma perna fraturada. RESPEITO, gente! De todos os lados!
A ideia desse post veio da divulgação de uma bicicletada que vai acontecer nesta sexta-feira, dia 23, em Recife. Como jornalista, pseudo-fotógrafa e neo-publicitária não poderia deixar de observar que, além do movimento, a arte do cartaz dos caras ficou muito bacana!! rs. Vejam aí:
Aliás, eu já morei em Recife e digo: se andar de carro sempre me pareceu uma tarefa ingrata, imagino andar de bike naquela cidade! Bom, a divulgação está feita e desejo sorte e uma boa pedalada aos que forem participar! O movimento divulga um perfil no Twitter (mas eu entrei lá e tinha a maior cara de fake, então, não coloquei o link) e um site.
A última que aconteceu em Natal foi mês passado. O movimento por aqui também tem um perfil de Twitter e um blog, para quem quiser acompanhar as novidades. Lá tem a informação de que eles se reúnem todo último sábado do mês. Vou tentar participar das próximas e conto aqui a experiência. E na sua cidade, como acontecem as bicicletadas?
Ah, o diário!
OS QUARTO E QUINTO DIAS - Bom, depois do final de semana parada, segui a proposta e levantei cedinho na segunda para trabalhar. Cheguei bem disposta, reduzi o tempo em 3 minutos (fiz em 14) e ainda cheguei no trabalho mais cedo, o que me deu tempo de sobra para o banho e café da manhã. À noite tive que ir ao médico, então meu pai veio me deixar o carro dele emprestado. Para minha própria surpresa, a reação que tive foi colocar a bicicleta no carro e levá-la para casa. Quando me perguntaram o motivo a resposta foi: "se não, como eu venho trabalhar amanhã?". Quem me conhece sabe que isso é um avanço boooommm!! Já hoje de manhã acordei mais cansada e me atrasei um pouco, mas, incrivelmente, reduzi o tempo do percurso em mais 3 minutos! Foram 11 minutos de pedalada, em quase 3km. Ora, para quem está começando, achei uma marca razoável. Meu objetivo inicial era fechar os 10 minutos na pedalada de ida pro trabalho. Tô avançando, né?
Também baixei um programa de acompanhamento de exercícios no celular que me dá a velocidade média da pedalada, o tanto de calorias que perdi (69, hoje!) e ainda faz Shuffle nas minhas músicas. Alguém tem sugestão de outros aplicativos? Meu celular é Android.
Também baixei um programa de acompanhamento de exercícios no celular que me dá a velocidade média da pedalada, o tanto de calorias que perdi (69, hoje!) e ainda faz Shuffle nas minhas músicas. Alguém tem sugestão de outros aplicativos? Meu celular é Android.
Como final de ano é tempo de muitos encontros com amigos, não vou ficar me culpando por não ir de volta para casa hoje. Deixarei a bike na agência, amanhã venho de carona e pego ela de volta para casa. Mas, tenho uma pergunta: quando é que o corpo para de doer, hein? Ontem comecei a sentir não só as pernas, mas as costas e o abdômen. Um amigo agora há pouco me disse que, com o tempo, a gente "nem lembra" mais do esforço. Estou esperando esse dia ansiosamente. Ouch...